Acabámos 2006 com vontade de fechar os olhos. O enforcamento de Saddam Husseim. Mas começamos o novo ano com a notícia de que o vídeo da sua execução é um dos mais vistos do YouTube e com a constatação de que o sul coreano Ban Ki-moon, novo secretário-geral da ONU, não condena a pena de morte, alegando o princípio da soberania dos Estados. EUA, China e Coreia do Norte aplaudiram certamente. Estranho, este conceito de diálogo entre Nações.
Acabámos 2006 com vontade de tapar os ouvidos. O discurso de D. José Policarpo. Mas o 11 de Fevereiro está quase a chegar e ainda não é certo que o "Diga Não" não vá martelar para além dessa data.
Acabámos o ano sem memória. No Sudão, o primeiro genocídio do século XXI decorre sem grandes transtornos. Na Somália, a tragédia soma capítulos. Mas logo se deu a proclamação violenta do fim de tréguas em Espanha ou na Tailândia: atentado da ETA no aeroporto de Madrid, explosões na noite de passagem de ano em Bangkok. E o mesmo Ban Ki-moon prometeu dar prioridade a Darfur. Um despertar apesar de tudo suave num 2007 em que a descontinuidade será mais mediática que de facto. Tony Blair e Chirac vão despedir-se da liderança. Mas, e depois? Dizia Franz-Olivier Giesbert no seu livro La fin d'une époque, "Ils croient qu'ils font l'Histoire mais c'est l'Histoire qui les faits".
E nós continuamos a viver neste mundo em ebulição e demolição, prisioneiro dos erros e fantasmas do passado, esperando... o quê?
Acabámos 2006 com vontade de tapar os ouvidos. O discurso de D. José Policarpo. Mas o 11 de Fevereiro está quase a chegar e ainda não é certo que o "Diga Não" não vá martelar para além dessa data.
Acabámos o ano sem memória. No Sudão, o primeiro genocídio do século XXI decorre sem grandes transtornos. Na Somália, a tragédia soma capítulos. Mas logo se deu a proclamação violenta do fim de tréguas em Espanha ou na Tailândia: atentado da ETA no aeroporto de Madrid, explosões na noite de passagem de ano em Bangkok. E o mesmo Ban Ki-moon prometeu dar prioridade a Darfur. Um despertar apesar de tudo suave num 2007 em que a descontinuidade será mais mediática que de facto. Tony Blair e Chirac vão despedir-se da liderança. Mas, e depois? Dizia Franz-Olivier Giesbert no seu livro La fin d'une époque, "Ils croient qu'ils font l'Histoire mais c'est l'Histoire qui les faits".
E nós continuamos a viver neste mundo em ebulição e demolição, prisioneiro dos erros e fantasmas do passado, esperando... o quê?
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