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27.11.06

Conheci o César há anos através de um amigo que trabalhava no mesmo jornal, mas passaram outros tantos anos, mudei de terra(s), e nunca mais o voltei a ver. E agora dou-me conta que respiramos o mesmo ar daqueles que lemos, mesmo que por breves momentos. Lembro-me sempre das mesmas palavras. Sei que as fixei quando uma amiga morreu, pouco tempo depois de acabarmos o curso, qualquer dia fará 20 anos. Podemos pouco por nós e por aqueles que amamos. Não encontro nenhum consolo na fatalidade. Mas face a qualquer resgate cruel são sempre estas as palavras que me aparecem na mente, na boca. Podemos tão pouco por nós e pelos outros.

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