Li outro dia que a Administração de G.W. Bush estava a influenciar positivamente a Arte & Cultura americanas. Reason why? Um efeito perverso: os agentes culturais sentiam um enorme desejo de comunicar ao mundo o seu inconformismo e independência face às politicas Bushistas.
Não sei se podemos generalizar, mas SYRIANA é um filme que nasceu com essa motivação. Quem o afirma é George Clooney, sim, esse, o meu regalo, que agora, para além de ser bonitinho, também pode ser apreciado pela sua inteligência. Clooney é um dos produtores do filme e um dos actores - já nomeado pela Academia na categoria de Melhor Actor Secundário - de um elenco fantástico (Matt Damon, Jeffrey Wright, Chris Cooper, Willian Hurt, Christopher Plummer and so on). Minha gente, se este fucking argumento não levar o Óscar da Academia, vou ali e nunca mais volto. Membros da Academia, por favor, ofereçam esse presente à vossa Administração, ela merece!
Stephan Gaghan é o argumentista e realizador deste filme sobre as maquinações do mundo do petróleo e as suas conexões com a política dos Estados, centrando-se no relacionamento dos EUA com o Médio Oriente, e em particular com um imaginário Emirato. O mote foi dado pelo livro See No Evil, de Robert Baer. Baer é um antigo agente da CIA, director de operações para o Médio Oriente entre 1977 e 1997, que decidiu escrever as suas memórias sobre essa experiência.
A trama é complexa porque este mundo é... complexo. Demoramos algum tempo a agarrar e a relacionar os vários personagens e acontecimentos mas é notável. Notável o uso das pontas da "escala social" árabe, o emir e príncipes herdeiros e os trabalhadores emigrados de um campo de petróleo. Notável que uma América ainda sofrida com o 11 de Setembro encene o outro lado da história, nos faça compreender o fácil recrutamento do mártir terrorista, e implique os interesses económicos americanos nessa encenação.
Notável contra todos os anti-americanismos primários. SYRIANA avisa o mundo de que eles, americanos, (não) sabem, como nós (não) sabemos, o que se passa no mundo!
Stephan Gaghan é o argumentista e realizador deste filme sobre as maquinações do mundo do petróleo e as suas conexões com a política dos Estados, centrando-se no relacionamento dos EUA com o Médio Oriente, e em particular com um imaginário Emirato. O mote foi dado pelo livro See No Evil, de Robert Baer. Baer é um antigo agente da CIA, director de operações para o Médio Oriente entre 1977 e 1997, que decidiu escrever as suas memórias sobre essa experiência.
A trama é complexa porque este mundo é... complexo. Demoramos algum tempo a agarrar e a relacionar os vários personagens e acontecimentos mas é notável. Notável o uso das pontas da "escala social" árabe, o emir e príncipes herdeiros e os trabalhadores emigrados de um campo de petróleo. Notável que uma América ainda sofrida com o 11 de Setembro encene o outro lado da história, nos faça compreender o fácil recrutamento do mártir terrorista, e implique os interesses económicos americanos nessa encenação.
Notável contra todos os anti-americanismos primários. SYRIANA avisa o mundo de que eles, americanos, (não) sabem, como nós (não) sabemos, o que se passa no mundo!
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