(XIII) Aconteceu! O escritor famoso saiu da blogosfera (para logo voltar a entrar). Não resistiu e visitou o músico Joaquim Pavão. O resultado é espantoso, notas musicais foram transformadas em letras. Leiam este texto dedicado.
a Boris Vian
Vazio e generoso. Deu tanto e não ganhei nada. Tentei tocar-lhe na esperança de possuir algo mais do que a negação do ter. Ele sorria e entregava-me mais e mais. Cheio de tanto continuava a tentar o toque. A Albertina é uma rica senhora, descobriu que o volume 3 é parecido com o 24. Descobri que as diferenças e semelhanças são afinal maiores. Ele lá me ia dando algo mais. A Albertina cheirava mal dos sovacos porque poupava água não se lavando. Os ambientalistas agradecem até lhe conhecer e recebi mais nada. Era simpático, este generoso. -“Vendi uma primeira edição em cinco horas, deve ser um recorde” contava ele. Albertina não puxava o seu autoclismo para não deixar os sovacos invejosos. Tinha já o novo volume, o tão esperado 56 encomendado há 3 meses. Despedi-me dele e afastei-me sempre tentando o toque. Descobri que não se apalpam personagens. Quanto muito recebemos. A Albertina lê o vazio porque pior seria poupar tempo. Eu vou ler o volume 2. O primeiro recebi no encontro no supermercado. Duas lixadeiras e um estojo de beleza, ganha um livro e o direito a um autógrafo. O livro, o volume 2, o encontro, o volume 1 e a sua assinatura era bonita. Trabalhada a tal ponto que todas as letras desenhavam uma bonita imagem. A Albertina lia, eu fui tomar banho.
Joaquim Pavão
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