Depois da leitura de poemas
No serão literário da fábrica
Começa o diálogo
Um ouvinte ruivo
De face marcada por manchas solares
Ergue dois dedos
Camaradas poetas
Se eu lhes versificasse
Toda a minha vida
O papel ficaria rubro
E pegaria fogo
Vasko Popa
(Sérvia, 1922-1991)
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