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24.2.05

Do Paraná II


Curitiba, memorial da cidade

Já vos falei da Maria Xavier, que me vai enviando impressões da sua viagem pelo Brasil. Ela é socióloga, especializada em Emigração, e esta viagem tem objectivos de pesquisa. Aqui fica mais uma nota pessoal:
"(...) No centro de Curitiba encontrámos uma família de chineses oriundos de Portugal que aqui vivem desde 1976. Comerciantes, donos de padaria, consideram-se bem sucedidos no Brasil, embora se sintam por vezes discriminados como orientais. Convidaram-nos para almoçar no dia seguinte, satisfeitos que estavam por receber pessoas de Portugal.
Ao andar a pé nas ruas do centro, pela XV de Novembro, a atmosfera é pressa, movimento e multiculturalidade - polacos, ucranianos, italianos, alemães, japoneses e chineses estão entre as principais etnias da cidade.
Portugueses há, mas quase não se notam, misturados e diluídos na população. À noite, em visita à Sociedade 1º de Dezembro (associação de portugueses), fomos surpreendidas pela única tuna de todo o Brasil. Os seus 8 integrantes são todos brasileiros. Apenas um, de 18 anos, é estudante universitário (de letras). Cantaram Madredeus e Vitorino: "menina estás à janela". Ligações a Portugal? A música e, quem sabe, um avô ou avó.
Fechei a noite com um ataque de riso dentro de um táxi. Só porque perguntei ao taxista se o nome da rua (Emiliano Perneta) seria porque o Emiliano perdeu a perna: "aí você me pegou! sei não" e desfez-se em riso, caindo o dinheiro pelo chão. A propósito, nessa rua fica a melhor pizzaria da cidade (segundo a Veja Curitiba): "Avenida Paulista - o melhor de São Paulo em Curitiba!" Pizzas light são as de massa integral. Tomates secos, acompanhados de rúcula e queijo parmesão, estão na moda. Candeeiros à luz de velas, fornos a lenha, chefes a rigor, serviço impecável e muita gente bonita, para garantia de uma noite com brilho."

Se quiserem saber mais sobre Curitiba, cliquem aqui.

3 comentários:

  1. Bem. Essas pizzas devem ser de fugir! Argh!

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  2. Realmente a imigração portuguesa pode-se dizer nula em Curitiba. Lá não se tem o hábito de comer o bacalhau que é prato obrigatório nas ceias de Natal por exemplo, no Rio, e também a rabanada (ou fatias douradas), que nunca deixamos de ter a mesa no mesmo período. Sei disso porque tenho parentes que vivem lá há anos. Já açorianos, existe uma colônia enorme em Florianópolis.

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  3. Didas, se uma padeira diz que devem ser horríveis, se calhar são mesmo! (mas não estarás a vender só a massa lá da casa?)

    Anonymous, obrigada pela achega. E é engraçado, a minha amiga está agora em Florianópolis. Um abraço virtual!

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